A escrita me faz sentir o que acontece ao meu redor, sensações e sentimentos diante da vida. Os primeiros textos eram reflexo das minhas experiências, estas que me tocaram profundamente ao ponto de externar o dom que sempre viveu em mim, mas por falta de delicadeza não era visto, assim como não se vê o início da primavera. À medida que escrevo distancio o meu eu para que caiba o nosso. A escrita me colocou como telespectadora da minha própria vida para que eu fosse gentil comigo mesma, abraçou por mim pessoas que eu não era capaz de acalentar, ultrapassou barreiras geográficas para que eu pudesse estar presente, foi voz quando me faltou fala, munição para minha defesa. Entre tantas regras da língua portuguesa e literatura esbarrei com a liberdade, que se apresentou como: escrita criativa.